domingo, 21 de agosto de 2011

O artista plástico Arerê abre mostra sobre a cerâmica do oeste do Pará


Uma cerâmica única, originária do oeste do Pará, que já foi apresentada em vários países e outros Estados brasileiros, pode ser conhecida na exposição 'Konduri', instalada desde o dia 3, na Casa do Artesão do Espaço São José Liberto. Fruto do trabalho do artista Ararê, a mostra tem entrada franca e pode ser visitada até o dia 29 de outubro. O evento integra a programação cultural do São José Liberto, que em outubro oferece aos visitantes exposições de jóias e artesanato, espetáculos de dança, música, teatro e apresentação de grupos folclóricos.
Pernambucano de nascimento, Ararê é um apaixonado pela cerâmica Konduri, encontrada em uma das regiões mais ricas em sítios arqueológicos no Pará. Objetos e fragmentos desse estilo de cerâmica são encontrados nos municípios de Juruti, Óbidos, Santarém, Faro e Oriximiná.

Fiel aos traços originais, o artista mantém a mesma técnica utilizada há milhares de anos na produção de peças utilitárias. A exposição traz 22 peças, feitas com ferramentas primitivas, como espinhos de tucumã, e com envelhecimento no próprio forno. 'A queima também respeita o processo primitivo. As peças são queimadas e depois o forno é desfeito, sendo aproveitadas as cinzas para mistura do barro, junto com o caulim e o caripé, para que as peças possam ter a leveza e a espessura iguais ou aproximadas das originais', explica Ararê.
VARIEDADE
'A cerâmica Konduri é uma das mais bonitas do Pará', afirma o artista, apesar de não ser tão conhecida como a Marajoara e a Tapajônica. Esse reconhecimento, no entanto, é alcançado fora do Estado e no exterior, onde as reproduções feitas por Ararê 'têm boa aceitação', devido à diversidade, à beleza e à raridade do 'estilo barrancóide', evidente nos vasos e pratos em formas antropomorfas, zoomorfas e antropozoomorfas (com figuras humanas e de animais, como pássaros e jacaré).
Ararê já expôs seus trabalhos no Rio de Janeiro, São Paulo, Estados Unidos, Japão, França e Portugal. 'Todas as peças são registradas. Mas faço, no máximo, 10 peças de cada. Procuro fazer um trabalho artístico, e não comercial', informa ele. As peças da exposição serão comercializadas na Casa do Artesão (Espaço São José Liberto), com valores entre R$ 45,00 e R$ 300,00. Fonte: O Liberal Magazine, 10.10.2006

Reabertura da Biblioteca da FFA

Aviso aos usuários da biblioteca da Fundação Ferreira de Almeida -FFA - no próximo mês de setembro será inaugurada as novas instalações da Biblioteca da FFA, na rua 24 de Dezembro, 1576 , próximo à Ki-Gelo.
Aguardem para acessar e ler novas obras adquiridas pela Biblioteca da FFA.